“Coerência é a característica daquilo que tem lógica e coesão, quando um conjunto de ideias apresenta nexo e uniformidade. Para que algo tenha coerência, este objecto precisa apresentar uma sequência que dê um sentido geral e lógico ao receptor, de forma que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto.” Uma das muitas definições  de Coerência existentes na internet.

Casos de uma completa falta de Coerência são frequentes nos menus dos restaurantes (agora menos). Estes estabelecimentos apresentam pratos caros misturados com pratos baratos e, simultaneamente, de peixe e carne.  O Cliente, razão de ser de um restaurante, fica confuso. E, como sabemos, um Cliente confuso, não decide, não compra. Pode tomar, pelo menos, uma de três decisões:

– não compra a ninguém

– procura mais informação

– compra, mas à concorrência

Mas vamos a um statement “A Coerência na gestão é um factor primordial na construção de uma empresa de sucesso.” Ao fim ao cabo o que todos os empreendedores querem.

Podemos quase afirmar que gestores coerentes são essenciais para o sucesso de qualquer empresa ou organização. Existem múltiplas vantagens em praticar uma gestão suportada na coerência. Talvez a principal delas seja a que os Colaboradores conseguem prever o que esperar da sua Gestão (e da Empresa).

Não estou a afirmar que se faça sempre tudo do mesmo modo, evitando a inovação, a experiência, o desenvolvimento de novas soluções… advogo  o contrário. Sabendo os Colaboradores que existe espaço dado pela gerência para tentar, experimentar, mesmo falhar…e  que no final, seja qual for o resultado,  há sempre um aprendizado que resulta.

Alguns benefícios de uma gestão coerente:

  • Confiança por parte de todos dos colaboradores
  • Maior autonomia das equipas
  • Maior responsabilidade das equipas
  • Mais segurança no trabalho que se realiza
  • Desenvolvimento pessoal de cada profissional
  • Menor sentimento de injustiça
  • Menos stress
  • Maior confiança na Empresa por parte de Fornecedores e  Clientes

Mas vamos agora à parte que junta coerentemente o Cliente e a Estratégia.

Comecemos por definir o perfil de cliente que desejamos atingir. O público-alvo é caracterizado por um grupo de pessoas ou empresas que possuem características, dores e necessidades em comum. Ou seja, ele é basicamente o segmento específico que o seu negócio pretende atingir. Neste trabalho podemos recorrer à representação por Personas.

Ao definir o nosso público-alvo ficamos com uma matriz que nos ajuda a identificar os Clientes que nos interessam e aqueles que queremos evitar. Temos assim o caminho para afectar os nossos recursos, sejam eles quais forem. Não quero deixar de referir que relativamente aos Clientes que não nos interessam, existem sempre muitos modos de dizer “não interessam”. Escolha o mais polido e aquele que lhe vai deixar a porta aberta.

Fica assim definida um caminho estratégico. A marca comunica assim os seus pontos fortes e o seu posicionamento e ajusta, convenientemente, a sua Proposta de Valor.  A coerência destes passos, para além  de ter projecção na Marca, tem uma clara interferência na Reputação da Empresa.

Falamos assim sobre a Reputação da Empresa. Podemos afirmar que esta é muito mais do que a imagem que ela transmite. É a percepção que os seus stakeholders construíram com inputs passados, presentes e do que se espera que aconteça no futuro.

A Reputação, pelo que se pode depreender, não se encontra apenas na mão das próprias Empresas, mas depende de como tratamos todos os púbicos. Não é verdade que os nossos Clientes são pessoas e que os nossos Colaboradores também são pessoas? Estando assim a falar de pessoas…sabemos o que pode acontecer.

Mas voltemos à Coerência. Uma estratégia tida como coerente não se limita apenas aos Clientes. A Coerência é também para ser entendida e aplicada no público interno, ou seja, os seus colaboradores. Empresas coerentes para com o seu público interno fortalecem a cultura organizacional e a estratégia.

Por fim, à laia de resumo, sabemos que a maioria dos projectos, para não dizer todos, começa com a melhor das intenções. Mas se não somos coerentes e não sabemos para onde queremos ir, há uma probabilidade elevada de não chegarmos aonde queremos.

Por fim, não quero deixar de relembrar a Coerência que é necessária em todos os canais de comunicação. Os internos, como já oi referido, e os externos. Aqui falamos de medias sociais, site, media impressa, press release…etc.

 

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