“Você não pode impor a produtividade; deve sim fornecer as ferramentas para permitir que as pessoas se transformem no seu melhor.”
Steve Jobs
A Produtividade sempre foi um tema muito discutido em Portugal. Os benchmarkings que nos são aplicados são mais que muitos.
Ao descermos para o nível das empresas a análise da Produtividade, vemos que os resultados desta saem mensalmente, mas os Clientes e a concorrência estão todos os dias no mercado. Um deslize pode fazer com que uma Empresa saia do mercado, perca Clientes ou seja ultrapassada por outra.
Percebemos então que a avaliação da produtividade no trabalho é necessária para que as empresas cumpram os seus objetivos. Simultaneamente podem trazer também benefícios para a esfera do Colaborador. Estes realizam as suas tarefas, cumprem os objetivos que lhe foram propostos e, no final, com uma avaliação positiva, a Empresa fica satisfeita e o Colaborador também (se a Empresa fizer uma análise detalhada de indicadores individuais de produtividade, pode criar políticas de valorização e de reconhecimento para os colaboradores).
Para as empresas a melhoria da produtividade pode significar:
– o não ficar para trás
ou
– ter ainda mais competitividade nos mercados em que está e ambiciona estar.
Convém ter presente que esta nossa nova era digital exige cada vais mais agilidade e eficiência em todos os processos.
Imagine que a sua Empresa consegue melhorias em um dos seguintes processos:
– através de uma equipa de vendas mais produtiva aumentar a faturação.
– através de um ciclo de produção mais optimizado reduzir os custos,
– através de uma equipa de marketing mais competente entrar em novos mercados.
Agora pense que através da melhoria de um dos processos anteriormente indicados, os outros dois melhoram também (ex: a empresa fatura mais e assim consegue melhorias significativas na compra de matérias-primas e, como resultado destes dois benefícios, liberta mais para novas ações de marketing). Este processo pode funcionar em loop, alimentando-se sistematicamente.
Então, podemos pensar que uma Empresa ao aumentar a produtividade de uma qualquer sua equipa / função, não havendo estrangulamentos nas outras equipas (ou funções), consegue ter melhores resultados com menos custos (menos tempo e / ou menos recursos). O resultado é … maior lucro. Os benefícios são claros para as empresas e para os colaboradores.
Percebemos que aumento da produtividade é um objetivo…mas deverá ser a todo o custo? Respondemos que Não.
Os colaboradores podem não ter a formação ou as ferramentas necessárias para subirem para um nível mais alto de produtividade. As hierarquias superiores podem não se sentir confortáveis com mudanças de processos ou alterações de status.
O que importa ter pressente é que não podemos ficar obcecados em atingir novos e mais elevados níveis de produtividade.
O facto da concorrência (direta, indireta, nacional e internacional) e do novo paradigma das empresas passar muito pelo digital (Indústria 4.0), coloca-as num nível de tensão cada vez maior na relação com Cientes, Fornecedores ..de um modo geral com o Ecossistema.
Estes comportamentos e níveis de exigência podem levar ao aumento de stress, provocar um esgotamento físico ou mental ou ao famigerado “Síndrome de Burnout” (“Carateriza-se, sobretudo, pela exaustão emocional e pela diminuição do envolvimento pessoal no trabalho”).
Esta obsessão pode ainda criar:
– frustração por sentirmos culpa por não sermos tão produtivos como os nossos colegas ou não conseguirmos atingir o que nos é pedido,
– diminuir a criatividade porque o foco é na produtividade e o processo criativo requer tempo, alheamento, reflexão, erro, fazer e refazer…
Não nos podemos esquecer que o Aumento da Produtividade está associado ao aumento da qualidade de vida de um país e da competitividade das suas empresas. Mas os recursos que temos para perseguir estes objetivos são finitos, a começar por nós mesmos.