O conceito de formação apresenta diversas definições e pode ser utlizado em diferentes realidades. Atualmente, o conceito de formação é frequentemente associado à ideia de formação académica ou profissional.
A formação profissional, que contempla a realização de cursos complementares com o objetivo de atualização ou obtenção de novos conhecimentos apresenta como objetivo principal o aumentar e adequar o conhecimento e as habilidades dos trabalhadores ao longo da sua vida profissional.
Verifica-se a existência de três tipos de formação profissional: a formação profissional específica ou inicial (destinada aos estudantes que decidem iniciar-se na vida ativa), a formação profissional ocupacional (para pessoas desempregadas que desejam reintegrar-se no mundo do trabalho) e a formação profissional contínua (para os trabalhadores no ativo que querem adquirir maiores competências e que procuram atualizar permanentemente as suas capacidades, contribuindo assim para aumentar as possibilidades de empregabilidade). Iremos focar a nossa exposição na formação profissional contínua e na sua importância para as organizações.
Em Portugal, investir na formação profissional dos colaboradores começa, cada vez mais, a ser percecionado como um veículo de valorização do capital humano, não se traduzindo num mero cumprimento da legislação. As organizações devem assegurar, em cada ano, formação contínua a pelo menos 10% dos trabalhadores da empresa e, cada trabalhador tem o direito a um número mínimo de 40 horas de formação contínua, por ano.
Também, cabe às organizações, promover a qualificação do trabalhador:
# Assegurar o direito individual à formação;
# Organizar planos de formação anuais ou plurianuais;
# Reconhecer e valorizar a qualificação adquirida pelo trabalhador;
# Habilitar os trabalhadores a prevenir os riscos associados à respetiva atividade.
No entanto, cada vez mais a aposta na formação profissional deixa de ser vista como atividade extra e como uma perda de tempo e é, cada vez mais, encarada como um investimento com retorno.
Enumeramos de seguida algumas vantagens da aposta na formação contínua dos colaboradores:
# Apostar num Investimento com Retorno: A formação profissional contínua tem um papel fulcral no desenvolvimento da carreira de qualquer profissional. Apostar na formação dos recursos humanos é apostar na principal área chave para a competitividade. Sem trabalhadores qualificados não há organizações de sucesso.
O investimento permanente em formação profissional contínua dos colaboradores das organizações não pode ser encarado como um custo sem qualquer retorno, mas sim como uma necessidade intrínseca (colaboradores formados são colaboradores preparados para dar resposta às necessidades e constantes mudanças do mercado global);
# Formação como sinónimo de produtividade: Portugal é um dos países da União Europeia que conta com uma menor taxa de qualificação. Este número tem impacto a nível socioeconómico, nomeadamente, nos níveis de produtividade e rentabilidade das empresas nacionais. A mão-de-obra pouco qualificada põe em causa o investimento que as empresas fazem no capital humano. Assim, a formação profissional pode constituir-se uma resposta que permite colmatar baixos níveis de produção em resultado de conhecimentos e competências do capital humano insuficientes ou desajustadas.
# Formação significa mais conhecimento: a formação profissional verifica-se fundamental para os colaboradores que sentem a necessidade de atualizar ou obter novos conhecimentos.
Através da realização de ações de formação contínua os colaboradores têm a oportunidade de obter novos conhecimentos e adquirem novas ferramentas que lhe permitem habilitar-se para um contexto cada vez mais exigente no qual a inovação, a criatividade, a necessidade de mudança e a competitividade são uma constante.
A formação profissional constituiu-se, assim, uma oportunidade dos colaboradores adquirirem competências conducentes à execução de um trabalho de excelência. Deve, por isso, ser encarada como uma oportunidade de evolução e não um encargo.
# Informação mais atualizada: no âmbito profissional verifica-se, por diversas vezes, que as técnicas de trabalho tomadas como certas e eficazes, tornam-se, rapidamente, obsoletas e substituíveis. Assim, a formação profissional é essencial para que as empresas e os colaboradores possam ter acesso a informação mais
Mas, como fomentar esta necessidade de formação contínua nos seus colaboradores?
# Incentive os seus colaboradores a adquirir novas competências, como ferramenta para se destacarem: analise detalhadamente quais as competências de cada um dos seus colaboradores, quais as suas fragilidades. Apresente-lhe algumas alternativas de formação, como por exemplo, as plataformas e-learning de forma a incentiva-los a adquirir novas competências;
# Incentive o networking: tal como já apresentado na nossa newsletter de Maio de 2017, se existe um facto inquestionável no mundo dos negócios é a importância do O Networking reflete a construção de relacionamentos mutuamente benéficos e duradouros, nomeadamente no meio empresarial.
A aprendizagem social não só permitirá com que os profissionais conheçam outras pessoas de áreas não diretamente relacionadas com as suas, como ainda permite o acesso a um conjunto mais amplo de conhecimentos. Transmita aos seus colaboradores que estabelecer relações de Networking pode potenciar e elevar a sua reputação profissional.
# Formação como diferenciação para o mercado: é ponto assente que um colaborador qualificado tem mais hipóteses de brilhar no mundo empresarial que um colaborador não qualificado. Se o colaborador procura diferencia-se dos seus pares e obter melhores oportunidades de emprego ou até mesmo uma promoção profissional e salarial, a formação profissional pode ajudá-lo a marcar a diferença.
Não se esqueça que a maioria dos profissionais sabe que a sua mais-valia é o conjunto de capacidades que tem e, certamente, procurará uma empresa que permita uma atualização constante de conhecimentos.
Sabia que caso tenha a decorrer projetos de investimentos nas tipologias de Inovação Produtiva, Internacionalização ou Qualificação PME, pode apresentar uma candidatura para financiamento de um projeto de formação?
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